CHÁ DAS CINCO E DOIS DEDOS DE CONVERSA SOBRE A ARQUITECTURA E OS ARQUITECTOS DO COLISEU DO PORTO

Outubro 18, 2018

Subordinado ao tema “A Arquitectura e os Arquitectos do Coliseu do Porto”, teve lugar, a 17 de novembro, no surpreendente terraço do Porto Coliseum Hotel, a terceira sessão do programa “Chá das Cinco e dois dedos de conversa” promovido pela “TACITUS. Património & História”. Para esta sessão – com lotação esgotada – deste ciclo de deliciosos debates sobre História e Património, o historiador Joel Cleto voltou a convidar (à semelhança do que acontecera em julho, no núcleo rural do Parque da Cidade) o arquitecto João Rapagão. Professor de Arquitectura na Universidade Lusíada do Porto, autor de múltiplos estudos sobre História da Arquitectura (incluindo um recente “Guia de Arquitectura do Porto”) e um (re)conhecido divulgador do Património arquitectónico (foi, em 2018, Comissário do “Open House”), João Rapagão abordou os diferentes contextos (político, social, estético, artístico…) em que surge o Coliseu do Porto e a história e as estórias de um atribulado processo que acabou por envolver, na sua concepção e construção, vários arquitectos.

Para lá da parceria com o Porto Coliseum Hotel, qualificada unidade hoteleira instalada no mesmo edifício da histórica e icónica sala de espectáculos da cidade, o “Chá das Cinco e dois dedos de conversa” prosseguiu também uma parceria, iniciada em setembro, com a Confraria Gastrónomo dos Açores e com a histórica empresa açoreana “Gorreana”, fundada em 1883 e responsável por aquela que é a mais antiga , e atualmente única, plantação de chá da Europa. Mas esta sessão contou também com uma nova parceria: a da histórica casa que guarda e divulga o melhor da tradição transmontana da doçaria conventual –  a Casa Lapão, de Vila Real. Responsável pela preservação da Memória  do saber fazer (e também do saber saborear) de famosos doces conventuais e tradicionais como as “cristas de galo” , os “pasteis de Santa Clara” ou os “pitos de Santa Luzia”, a Casa Lapão é herdeira da padaria de Vicência Cramez e Francisco Delfim (o “Lapão”), fundada há cerca de cem anos, nos finais da Primeira Guerra Mundial. Não muito depois laços de amizade acabarão por colocar o casal em contacto com aquela que era a última detentora do segredo do fabrico da doçaria do que havia sido um dos mais antigos e emblemático conventos da povoação: o de Santa Clara, extinto em 1855. Disso mesmo deu conta, durante esta sessão, a actual proprietária da “Casa Lapão”, Rosa Cramez, que representa já a quarta geração desta família que persiste na salvaguarda desta deliciosa parcela da nossa Memória e Identidade.

Mas também a “Ach. Brito“, empresa histórica do Porto que comemora em 2018 o seu centenário, se associou a esta sessão do “Chá das Cinco e dois dedos de conversa” . Com efeito, durante a sessão  João Rapagão revelou, com base nas notícias publicadas em 1942 aquando da inauguração do Coliseu, que nesse dia, além da cerimónia de gala, a sala se encontrava perfumada pela “Ach- Brito”. Pretexto para distribuir pelos presentes neste “Chá das Cinco” exemplares, fornecidos pela histórica empresa, de um sabonete de edição especial e  limitada que assinala o centenário (1919-2018) da sua fundação.

E assim se reforçou também a componente histórica e patrimonial do “Chá das Cinco” que, de algum modo, se inspira nas antigas tertúlias que, durante décadas, animaram muitos dos cafés da cidade do Porto.   

 

 

 

 

 

 

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